O que é gestão educacional e como aplicar?

Descubra a importância da gestão educacional e escolar para o sucesso de uma instituição de ensino e como aplicá-las de forma eficaz. Saiba mais!


Neste artigo, você irá entender o que é gestão educacional, a correlação com gestão escolar, e como aplicá-la em uma IES.

É um desafio para as instituições de ensino estabelecerem processos bem definidos e rotinas administrativas que alavanquem melhores resultados. Para isso, é importante conhecer os procedimentos básicos exigidos pela lei e exercer uma gestão que melhore a qualidade do ensino e gere valor à instituição.

Qual o significado de gestão educacional?

A gestão educacional é uma das instâncias da gestão governamental, ou seja, é coordenada pelo governo e regulamentada pela legislação. Compreende-se que a educação é um dos fatores determinantes para o desenvolvimento de uma nação, e por isso deve ser uma preocupação das lideranças do país.

Ela se aplica a instituições públicas e privadas do ensino básico (infantil, fundamental e médio), instituições de ensino superior, escolas técnicas e profissionalizantes, escolas de idiomas, cursos livres e universidades corporativas.

No Brasil, a gestão educacional baseia-se em uma organização que divide-se em três sistemas de ensino: federal, estadual e municipal. Cada uma dessas esferas possui suas próprias incubências e responsabilidades. A articulação entre esses sistemas determina as normas para o setor e a oferta de educação tanto no âmbito público quanto no privado.

Apesar da divisão de responsabilidades entre municípios, estados e União, a gestão educacional no Brasil acontece em regime de cooperação, isto é, de corresponsabilidade. Os três sistemas atuam juntos, mas cada um possui suas prioridades. Resumidamente:

  • Municípios: responsáveis pela educação no nível infantil e fundamental;
  • Estados: priorizam o ensino médio e atuam em parceria com municípios na oferta do ensino fundamental;
  • União: responsável por organizar o setor educacional como um todo e regular o ensino superior.

Enquanto os ensinos básico e superior, públicos e privados, são gerenciados pelos municípios, estados e União, os outros tipos de ensino, como de idiomas, profissionalizantes e cursos livres são independentes, mas não significa que não são orientados pela gestão educacional ou que não sejam incluídos na legislação.

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O que a lei exige?

As principais leis que tratam da educação e regem a gestão educacional no Brasil são a própria Constituição Federal e também a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996. Para ambas, a educação é um direito assegurado a todos os cidadãos brasileiros; é um dever do Estado, sendo promovida e incentivada com a colaboração da sociedade.

A gestão educacional segue as orientações e diretrizes da LDB, que estabelecem, em forma de lei, as obrigações e responsabilidades das instituições de ensino. Essas orientações visam um ensino mais padronizado e de maior qualidade em todo o território nacional, seguindo o exemplo de países desenvolvidos.

Para as instituições privadas, a LDB prevê o ensino livre, desde que sigam as seguintes condições:

  1. cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema de ensino;
  2. autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
  3. capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no artigo 213 da Constituição Federal.

Na LDB também constam as responsabilidades das instituições de ensino, públicas ou privadas, de forma que a gestão educacional seja cumprida. A seguir, os principais deveres apontados na LDB:

  • Elaborar e executar sua proposta pedagógica;
  • Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
  • Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
  • Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
  • Articular-se com as famílias e a comunidade;
  • Informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.

Além das obrigações das instituições de ensino, a LDB também prevê flexibilidade quanto às formas de organização, ou seja, à gestão escolar de cada instituição de ensino.

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A diferença entre gestão educacional e gestão escolar

Enquanto a gestão educacional consiste nas normas e diretrizes governamentais para as atividades e empreendimentos voltados à educação, a gestão escolar equivale à forma e à metodologia de se administrar uma instituição de ensino.

A gestão educacional é, portanto, compreendida pelas iniciativas dos sistemas de ensino. Já a gestão escolar trata da autonomia das instituições de ensino de cuidar das ações que estão sob sua responsabilidade.

Para que a gestão escolar seja eficaz, o gestor deverá observar as particularidades e necessidades de cada setor e, ainda, ter habilidades para gerenciar a instituição como um todo, desde o plano pedagógico às questões financeiras, executando as responsabilidades descritas na LDB.

O gestor de uma instituição de ensino precisa estar orientado para a busca por resultados, promovendo, além da sustentabilidade financeira e sucesso do negócio, a qualidade e excelência do ensino-aprendizagem oferecido por sua instituição de ensino.

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Principais áreas da gestão escolar

A gestão escolar, como mencionado acima, é o processo administrativo completo de uma instituição de ensino, seja ela do ensino básico, superior, técnico, profissionalizante ou do conhecimento livre. Para alcançar o sucesso em sua administração, o gestor precisa compreender cada área da instituição, sendo sete as principais.

  • Gestão Pedagógica: é a base estrutural da instituição. É nessa área que se estabelece as diretrizes do ensino, as metodologias e os conteúdos das grades curriculares. Também é o setor responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento dos alunos e professores.

  • Gestão Acadêmica: área responsável pelos processos burocráticos e de secretaria, como as matrículas, contratos, documentações. Mantém a base de dados dos alunos atualizada. 

  • Gestão Financeira: cuida do orçamento da instituição de ensino. Gerencia os custos, gastos, receitas e investimentos. É responsável, também, por controlar a inadimplência dos alunos.

  • Gestão de Recursos Humanos: alinhada à gestão pedagógica, essa área gerencia todo o time que trabalha na instituição, contratando profissionais capacitados e motivando desde os professores a alcançarem a excelência na qualidade das aulas ministradas até à equipe de captação e vendas a matricularem mais alunos.

  • Gestão da Comunicação: a comunicação é a alma do negócio, inclusive para o mercado educacional, seja para atrair mais alunos e fechar novas matrículas, seja para conquistar a fidelidade dos alunos atuais e evitar a evasão escolar. Uma boa gestão de instituição de ensino investe na comunicação, interna e externa.

  • Gestão da Tecnologia da Informação: cuida da estrutura tecnológica da instituição de ensino e promove melhorias contínuas no uso de ferramentas e equipamentos, a fim de otimizar a gestão de dados e processos burocráticos. 

  • Gestão Administrativa: é o elo que une todas as áreas. Para que o plano pedagógico seja aplicado com qualidade, a gestão precisa estar comprometida tanto com o processo educacional quanto com o uso correto dos recursos da instituição, bem como ajudar na motivação dos alunos e do corpo docente. 

Os benefícios da gestão educacional e da gestão escolar para sua IES

Uma boa gestão escolar, alinhada ao cumprimento da gestão educacional, gera diversos benefícios para a instituição de ensino, entre os quais se destacam:

  • melhores resultados financeiros
  • processo de ensino-aprendizagem mais eficaz
  • reconhecimento da instituição de ensino
  • fidelização dos alunos
  • diminuição das taxas de evasão escolar
  • alcance das metas de captação
  • professores e equipe motivados
  • melhoria da qualidade das aulas
  • otimização do marketing por recomendação

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Como aplicar

Para ajudar você a contar com uma gestão escolar de sucesso para a sua instituição de ensino, separamos algumas dicas essenciais:

  1. Defina os objetivos da instituição: antes de mais nada é preciso definir claramente os principais objetivos da instituição de ensino e focar em sua atividade-fim. Tenha em mente onde você quer chegar a curto, médio e longo prazo.
  2. Planejamento: para tudo que fazemos, planejar com antecedência é essencial para evitar riscos e surpresas desagradáveis. Defina as metas, organize a rotina da escola, marque as reuniões pedagógicas no calendário. Crie um cronograma de atividades. Esteja preparado para que mudanças repentina não atrapalhe a instituição.
  3. Invista em capacitação: o sucesso de uma instituição de ensino depende do desempenho de todo o time, desde a equipe de captação até os professores. Treinamentos e capacitações devem fazer parte da rotina da escola.
  4. Descentralize: como falamos até aqui, são muitas as áreas de uma instituição com as quais o gestor precisa se preocupar, e um dos maiores erros de um gestor é assumir para si as responsabilidades de todo e qualquer assunto da escola. Divida as tarefas e passe a delegar decisões a outros colaboradores. Se sobrecarregar irá atrapalhar a gestão.

Agora que você já sabe a diferença entre gestão educacional e gestão escolar e a importância desses conceitos para o sucesso de uma instituição de ensino, é hora de colocar a mão na massa.

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